sábado, 7 de noviembre de 2009

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR - JOGOS MOTRIZES INFANTIS



Orientações básicas da educação física no ensino da educação infantil. Organização e implementação de experiências de aprendizagem e tarefas motoras. Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física na educação infantil. Estudos das características motoras das crianças na idade de educação infantil. Estudo das relações entre motricidade e o desenvolvimento da criança: o movimento e a afetividade; movimento e sociabilidade; e o movimento e inteligência. A educação e o movimento: a cultura infantil, brinquedos, jogos, exercícios físicos e o desenvolvimento do conhecimento formal e informal.
Para Pensar!!!!
O LÚDICO NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR

“No processo de educação não há uma desigualdade essencial
entre dois seres, mas um encontro amistoso pelo
qual um e outro se educam reciprocamente.”

Quando nos referimos à educação lúdica, sabemos que são muitos os desafios a serem enfrentados para que esta área possa ser con­siderada como geradora dos avanços científicos. Ao compará-la com outros setores (Medicina, Engenharia, Informática...), onde as inovações aparecem com freqüência, percebemos que nos úl­timos 50 anos pouco aconteceu, e os avanços ocorridos não che­garam a reverter o processo como um todo.

É interessante observar que os acontecimentos marcantes que influenciaram a educação no decorrer da história não foram obras de educadores, basta verificar a formação de personalida­des como Comênio, Rousseau, Froebel, Dewey, Montessori, De­croli, Piaget Wallon, Vygotsky e Gardner.

A grande maioria das instituições educacionais ainda é pau­tada numa prática que considera a idéia do conhecimento - re­petição sob uma ótica comportamentalista, tornando o conheci­mento cristalizado e/ou espontaneísta e não como um saber his­toricamente produzido visto sob a ótica do conhecimento-cons­trução.

Educar não se limita a repassar informações ou mostrar ape­nas um caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstânias adversas que cada um irá encontrar. Educar é pre­parar para a vida.

Nesta abordagem do processo educativo a afetividade ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar as pessoas do que um raciocínio bri­lhante, repassado mecanicamente. Esta idéia ganha adeptos ao enfocar as atividades lúdicas no processo do desenvolvimento humano.

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qual­quer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desen­volvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desen­volvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saú­de mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os pro­cessos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.

Estas questões nos remetem à problemática da formação do educador, a qual passa por ambigüidades e paradoxos que nunca são efetivamente dissipados. Isto resulta, quase sempre, em di­ficuldades no campo da prática pedagógica. Então nos pergun­tamos:


“Afinal, o que é necessário para formar o educador?”


Sabemos que os cursos de licenciaturas têm recebido inú­meras críticas, especialmente no que se refere à sua ineficiência quanto à formação dos profissionais de educação. É, hoje, ques­tão de consenso que os egressos dos cursos de graduação não estão suficientemente preparados para atender as necessidades das escolas, principalmente no que se refere à compreensão da criança como ser histórico-social, capaz de construir seu próprio conhecimento.

A questão é sempre recolocada e, apesar das reflexões teó­ricas a respeito do processo educacional, não se tem encontrado reversibilidade neste processo. Qualquer que seja o ângulo abor­dado sobre a realidade, há muito a ser repensado. ­

Fazendo um paralelo entre um quebra-cabeça e a formação do educador, pode-se afirmar que, enquanto o primeiro se com­pleta com o encaixe de todas as peças, o segundo jamais se completará, pois a formação profissional não se acaba com o término de um curso, sempre faltará a peça seguinte.

A formação do educador não é um quebra-cabeça com re­cortes definidos, depende da concepção que cada profissional tem sobre a criança, homem, sociedade, educação, escola, con­teúdo e currículo. Neste contexto, as peças do quebra-cabeça se diferenciam, possibilitando diversos encaixes.

Ao entender a educação como um processo historicamente produzido e o papel do educador como agente desse processo, que não se limita a informar, mas ajudar as pessoas a encontrarem sua própria identidade de forma a contribuir positivamente na sociedade e que a ludicidade tem sido enfocada como uma alternativa para a formação do ser humano, pensamos que os cursos de formação deverão se adaptar a esta nova realidade.

Uma das formas de repensar os cursos de formação é intro­duzir na base de sua estrutura curricular um novo pilar: a forma­ção lúdica.

Na obra de Ayrton Negrine esta questão é analisada, onde o autor sugere três pilares que sustentariam uma boa formação profissional, com a qual concordamos inteiramente, pois os cur­sos de licenciaturas têm-se preocupado somente com a forma­ção teórica e com a formação pedagógica.

A inovação proposta por Negrine é chamada de formação pessoal que no nosso entendimento preferimos chamá-la de formação lúdica. Este tipo de formação é inexistente nos currículos oficiais dos cursos de formação do educador, entretanto algumas experiências têm mostrado sua validade e não são poucos os educadores que têm afirmado ser a ludicidade a alavanca da educação para o terceiro milênio.

A formação lúdica se assenta em pressupostos que valori­zam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afeti­vidade, a nutrição da alma, proporcionando aos futuros educa­dores vivências lúdicas, experiências corporais, que se utilizam da ação, do pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua fonte dinamizadora.

Neste sentido, a formação do educador, a nosso ver, ganha­ria em qualidade se, em sua sustentação, estivessem presentes os três pilares: a formação teórica, a formação pedagógica e como inovação a formação lúdica. Quanto mais o adulto vivenciar sua ludicidade, maior será a chance de este profissional trabalhar com a criança de forma prazerosa.

A formação lúdica deve possibilitar ao futuro educador co­nhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades e limita­ções, desbloquear suas resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto.

O adulto que volta a brincar não se torna criança novamente, apenas ele convive, revive e resgata com prazer a alegria do brincar, por isso é importante o resgate desta ludicidade, a fim de que se possa transpor esta experiência para o campo da edu­cação, isto é, a presença do jogo.

Este trabalho propõe uma alternativa para os cursos de for­mação de educadores que enfoca a ludicidade no adulto, na ex­pectativa futura de um trabalho pedagógico mais envolvente junto à criança.

O brincar e o Lúdico

O brincar é a essência da infância. Por isso, ao abordar este tema, não podemos deixar de nos referir também à criança.

Ao retomar a história e a evolução do homem na sociedade, vamos perceber que a criança nem sempre foi considerada como é hoje. Antigamente, ela não tinha existência social, era considerada miniatura da adulto, ou quase adulto, ou adulto em miniatura. Seu valor era relativo, nas classes altas era educada para o futuro e nas classes baixas o valor da criança iniciava quando ela podia ser útil ao trabalho, colaborando na geração da renda familiar.

Os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu início, também não tinham a conotação que têm hoje, eram vistos como fúteis e tinham como objetivo a distração e o recreio.

Cada época e cada cultura tem uma visão diferente de infância, mas a que mais predominou foi a da criança como ser inocente, inacabado, incompleto, um ser em miniatura, dando à criança uma visão negativa. Entretanto, já no século XVIII, Rousseau se preocupava em dar uma conotação diferente para a infância, mas suas idéias vieram a se firmar no início do século XX, quando psicólogos e pedagogos começaram a considerar a criança como uma criatura especial com especificidades, carac­terísticas e necessidades próprias.

Foi preciso que houvesse uma profunda mudança da imagem da criança na sociedade para que se pudesse associar uma visão positiva a suas atividades espontâneas, surgindo como de­corrência a valorização dos jogos e brinquedos.

O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator do de­senvolvimento infantil proporcionou um campo amplo de estu­dos e pesquisas e hoje é questão de consenso a importância do lúdico.

Dentre as contribuições mais importantes destes estudos podemos destacar:

1. As atividades lúdicas possibilitam fomentar a "resiliência", pois permitem a formação do autoconceito positivo;
2. As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento in­tegral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mental­mente;
3. O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade;
4. Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutri­ção, a saúde, a habitação e a educação;
5. Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afe­tivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações ló­gicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e cons­trói seu próprio conhecimento;
6. O jogo é essencial para a saúde física e mental;
7. O jogo simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita a mediação entre o real e o imaginário.

Portanto, ao valorizar as atividades lúdicas, ainda a perce­bemos como uma atividade natural, espontânea e necessária a todas as crianças, tanto que o BRINCAR é um direito da criança reconhecido em declarações, convenções e leis a nível mundial.

Por estas razões é que acreditamos que, no contexto da for­mação dos profissionais de educação infantil, deveriam estar presentes disciplinas de caráter lúdico, pois a prática docente é reflexo da formação do indivíduo. Por isso, quanto mais vivências lúdicas forem proporcionadas nos currículos acadêmicos, mais preparado o educador estará para trabalhar com as crianças.

Para contribuir nesta abordagem, apresentaremos alguns jogos para adultos, referente às atividades lúdicas que permitirá ao futuro educador aprender jogando para ensinar brincando. Este jogo possibilita que cada participante possa analisar, dis­cutir, refletir, polemizar e se posicionar em cada afirmativa refe­rente ao lúdico. É uma forma prazerosa de aprender.

O EDUCADOR E O LÚDICO

Formar professores para uma plena introdução do lúdico na escola é, sem dúvida, a meta fundamental dessa proposta, e por sinal a tarefa mais difícil.

O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso adiante.

Sabemos hoje que, pelas próprias circunstâncias do mundo “eletrizado” em que vivem as crianças e jovens, não se pode querer orientá-los com significação se não há preparo para isso. Não adianta criticar a televisão e suas programações, sem propor alternativas de superação; não basta criticar a pedagogia dos brinquedos e dos jogos eletrônicos dos computadores se não há um conhecimento profundo desses “objetos” e das condições para utilizá-los corretamente; não adianta apenas criticar os pais que já não brincam mais com os filhos se não oferecemos conscientização e condições para fazê-los melhorar; da mesma forma, não adianta falar, criticar os problemas das escolas, como evasão, repetência, desinteresse, falta de relacionamento, dominação, autoritarismos do sistema, se não apresentamos propostas de mudanças reais e convincentes.

Todos sabemos que os alunos de hoje estão na situação de só acreditar nos professores que ainda sabem participar, sabem transformar suas aulas em trabalho-jogo (seriedade e prazer) sabem manter um relacionamento de irmão mais velho, sabem desafiar, aproveitar cada momento, cada situação para debater, discutir e proporcionar a aprendizagem. Sabemos também que quando os alunos gostam do professor acabam gostando daquilo que ele ensina e se esforçam cada vez mais para aprender e não decepcionar. Quando uma criança sente que é amada, respeitada pelo professor e pela escola, sua permanência na escola se fortalece, e só uma causa muito forte a faz abandoná-la.

Temos consciência também de que, quando um professor desperta na criança a paixão pelos estudos, ela mesmo buscará o conhecimento e fará tudo para corresponder. Isso ocorre não só com crianças nos níveis de pré-escola, primeiro e segundo graus, mas também no nível superior. Quando o aluno descobre que a maior e melhor escola é aquela que existe dentro dele mesmo, ninguém mais o segura. Ninguém mais precisará dizer-lhe para fazer isto ou aquilo. Ele mesmo se encarregará de buscar os “infinitos conhecimentos e experiências” que existem e esperam por ele. Isso tudo se resume numa questão: saber despertar, conscientizar e confiar.

A escola de hoje, por meio de seus educadores, não aprendeu a confiar no aluno. Dá o conhecimento, impõe o saber e o cobra(provas e vestibulares), com medo de que os alunos não o dominem. Mesmo os cursos de pós-graduação não passam as vezes de cursos tarefeiros, com o intuito de fazer o aluno produzir o que os “grandes” já produziram. Tolhe-se a liberdade de os alunos buscarem novos conhecimentos, novos caminhos, enquadrando-os em horários rígidos e estudos regulamentados.

De modo geral, é preciso recuperar o verdadeiro sentido da palavra “escola”: lugar de alegria, prazer intelectual, satisfação; é preciso também repensar a formação do professor , para que reflitam cada vez mais sobre a sua função(consciência histórica) e adquiram cada vez mais competência, não só em busca do conhecimento teórico, mas numa prática que se alimentará do desejo de aprender cada vez mais para poder transformar.

Para Leif, nada será feito em favor do aluno se os professores não se interessarem diretamente por sua própria formação e se não levarem em conta suas aptidões e suas capacidades, se não se tornarem livres e criativos para buscar seu crescimento profissional.

A tarefa é difícil, mas possível, diz Makarenko. A realidade pode e deve tornar-se a base e a própria fonte do prazer ao mostrar a contradição entre o dever, a alegria presente e a aspiração de buscar e aprender sempre.

Para Makarenko, o professor não deve opor-se à liberdade do aluno. Deve, sim, reforçar a confiança, incentivar a autonomia do aluno (buscar por si mesmo), abrir, alargar e universalizar com disciplina, no âmbito da consciência do grupo. Makarenko diz ainda: “A punição só é válida se o punido sente que a coletividade desaprova seu comportamento e que tem consciência de que rompeu as regras do grupo. O professor deve ajudar o movimento de vai-e-vem entre o indivíduo e a coletividade, isto é, promover a autogestão da coletividade pelo próprio aluno”.

Atividades lúdicas para as aulas de Educaçao Física Escolar:





Jogo 1: Pular Saco Modificado


Jogo 2: Aerobica Infantil

Jogo 3: Paraquedas

Jogo 4: Atividades Motrizes Variadas

Jogo 5: Beisbolinho Modificado

Jogo 6: 4 Cantos (tradicional)

Jogo 7: 4 Cantos

Jogo 8: Com bola (controle e lateralidade)

Jogo 9: Acertar no Alvo

Jogo 10: Bocha

"El juego preferido de los abuelos y de más de un adulto en la actualidad es en realidad uno de los más antiguos en España. Se jugaba por lo menos desde 1783. El por qué de su vigencia. "